sexta-feira, 27 de março de 2015




Uma das aves que sempre me acompanhou os sonhos e devaneios de juventude. Inicialmente através dos textos escritos e dos livros de natureza e depois com a sorte da procura e do vislumbre.
A magia está na rapidez e na raridade do encontro com um dos animais mais fugazes que podemos observar. O falcão peregrino transporta em si toda a carga simbólica que o voo pode representar, a perfeição e a liberdade selvagem. Uma espécie que esteve em franco perigo de extinção na década de setenta devido ao excessivo uso de pesticidas na agricultura, que contaminava a cadeia alimentar e que acabava por atingir um predador de topo que via os seus ovos fragilizarem e quebrarem durante o choco. Hoje e devido à proibição do DDT, vê as suas populações recuperarem do declínio, o que permite até o regresso a algumas cidades, onde alguns exemplares se tornaram em falcões urbanos, o que nos  cativa o gosto pela procura, pelo olhar atento e pela sorte do encontro, mesmo nos locais menos espectáveis.